15 dezembro 2022

Um Breve Resumo Sobre Freud


Aqui farei um breve resumo sobre Freud do início de sua carreira até o fim. Pularei alguns casos, pois acredito que cada caso seja contado separadamente e com mais explicações.
  • Sigmund Freud nasceu em Freiberg em 1856, ele foi o inventor da psicanálise que deu o início a psicologia.
  • Foi o filho favorito de sua mãe, e tinha grandes sonhos, porém para a época que ele nasceu a vida de um judeu não era nada fácil.
  • Aos 3 anos foi morar com sua família em Viena. Ele queria muito ser um pesquisador, mas terminou se formando em medicina, pois era mais fácil viver dela e aprender coisas novas.
  • Em 1882, Freud conheceu Martha por quem ele foi muito apaixonada, mas o amor estava em risco, devido ao fato dos pais dela não aceitarem um homem pobre (ele era médico, mas não tinha bens). Então, Freud decidiu abrir um escritório de neurologia para assim poder casar com Martha.
  • Durante esse tempo Freud fez muitos estudos e pesquisas, um foi o sexo das enguias e outro o estudo de uma substância desconhecida na época, a cocaína.
  • Freud fez testes com a cocaína em si mesmo, terminou concluindo que era um ótimo anestesiante e bom contra a fadiga. Ele deu até para Martha experimentar (ela ficou bem). Freud esperava ficar conhecido por esse estudo, mas não ficou, aparentemente pessoas passaram na frente dele ( para você ver que até o Freud foi sabotado, mas mesmo assim não desistiu).
  • Em 1885, Freud recebeu uma bolsa de estudos em Paris. Para ele tratamentos de choque/ a base d'agua e massagens não resolviam realmente os problemas nervosos que as pessoas tinham.
  • Freud assistiu em 1885 um curso do neurologista Charcot, onde o neurologista mostrava que a hipnose podia ser um bom tratamento.
  • Freud não era psicólogo, mas sim um médico e conseguiu abrir seu consultório e assim casar com Martha e ter 6 filhos com ela (a filha mais conhecida é Anna Freud por seus estudos com crianças).

  • O caso Anna O.
Anna era uma moça que estava sofrendo de paralisia em um dos braços, via cobras e não conseguia se expressar. Ela estava sendo tratada por o Dr. Breuer, mas o mesmo saiu do caso e Freud decidiu assumir e investigar o que estava acontecendo com a moça.
Freud mandou Anna deitar no divã (lugar feito para que os pacientes olhem para o teto e consigam fazer a Associação Livre, ou seja, falar livremente), lá ele escultou a história de Anna. A moça tinha uma irmã que era casada com um homem que Anna achava sedutor, um dia a irmã de Anna faleceu e a mesma passou a ter sintomas. O que seriam esses sintomas? O que havia por trás disso? Segundo a análise de Freud, Anna O. se sentia culpada pela morte da irmã já que a mesma deseja o marido da irmã e agora tinha o caminho livre.

  • Em 1887, Freud começou a se autoanalisar e confidenciava tudo ao Dr. Fliess. Freud lembrou de ter pego um buquê de flores da irmã quando pequeno, de ter visto a mãe nua e sonhou com um homem urinando, e agora ele queria entender o que isso significava e qual a importância disso nesse momento que ele se sentia tão solitário. Com isso Freud descobriu o real significado dos sonhos. Os sonhos são os guardiões do sono, eles nos mostram coisas que estão no inconsciente (ele é a principal via para chegar ao inconsciente), nos sonhos podemos satisfazer desejos ou mostrar nossos medos. E assim, Freud também descobriu que existe o inconsciente, como? Através de seu próprio sonho, ele sonhou com uma paciente chamada Irma e nesse sonho ela estava com uma infecção na garganta e ele culpou a paciente por estar doente, no sonho ela recebeu um tratamento de um médico e ele culpou o médico de ela ter piorado. O que isso significava? De acordo com Freud ele tinha medo de não trabalhar corretamente e isso apareceu em seu sonho.

  • A psicanálise ficou muito conhecida na Europa e Freud decidiu com outros estudiosos levar a psicanálise para os Estados Unidos e em uma conversa com Jung (seu discípulo que depois se afastou do mestre) ele disse uma frase que é muito conhecida "Os americanos não sabem que lhes trazemos a peste" com isso Freud quis dizer que a psicanálise ia abalar muito a sociedade da época e que o mundo não seria mais o mesmo, e ele não mentiu hoje em pleno 2022 muitas pessoas se perguntam "Freud explica isso?" (Freud no sentido da palavra psicanálise) e muitas vezes a resposta é sim, se formos olhar livros de psicanálise existem explicações para muitas coisas.

  • Em 1920, Sophie, filha de Freud morreu de Gripe Espanhola.
  • Tempos depois Freud descobriu que tinha câncer no maxilar, ele precisava parar de fumar, mas se negou. Usou uma prótese, quem o ajudava era sua filha Anna, que era muito julgada por se considerar psicanalista, mas não ser médica.
  • Para Freud, uma pessoa só podia se tornar psicanalista se fosse analisado e Anna foi analisada pelo próprio pai.
  • Apesar de seus trabalhos e estudos, Freud nunca recebeu um prêmio Nobel. Os críticos consideravam tudo que ele fazia sem fundamentos, mas Freud foi indicado 13 vezes para a nomeação.
  • Em 1930 Freud ganhou o Prêmio Goethe de Literatura.
  • Quando o nazismo começou, a escritora Marie Bonaparte foi a procura de Freud para alertá-lo do perigo e tirá-lo do país. Porém, Freud disse que não sairia de lá, ela falou do ódio que os nazistas tinham dele e que estavam queimando seus livros e Freud respondeu "Que progresso! Na idade média eles teriam me queimado, agora se contentam queimando livros." Freud terminou fugindo e foi para Londres em 1938.
  • O último livro que Freud escreveu foi Moisés e o Monoteísmo.
  • Em 23 de Setembro de 1939, Freud faleceu e suas cinzas foram colocadas em uma de suas lindas antiguidades (Freud gostava de colecionar antiguidades).
  • Depois de Freud, a psicanálise continuou com outros estudiosos.
  • Freud inventou a psicanálise para libertar a humanidade e o nome Freud significa "Alegria".

Há mais histórias sobre os trabalhos de Freud e contarei melhor em outras postagens, até mais 😘

Referência: 
Freud: Uma biografia em quadrinhos. De Anne Simon e Corinne Maier

06 dezembro 2022

Políticas Públicas e os Povos Indígenas


Olá, esse é um trabalho feito na UNIVERSIDADE MAURICIO DE NASSAU por estudantes de psicologia, para a matéria de tópicos integradores.
As discentes que fizeram o trabalho foram:
DANIELA NEVES FAGUNDES BERNARDES
GREICE ELLEN DE MORAES CARVALHO
LARISSA SODRÉ MATOS
MONIQUE EMILY SANTOS DOS ANJOS
MILENA VELLOSO DOS SANTOS SILVA (autora desse blog)

Espero que esse trabalho ajude no conhecimento de muitos. Esse é um tema que amo muito, devemos ter mais respeito aos Povos Originários e dar a dignidade que eles tanto merecem.





Partindo da ideia do sociólogo Émile Durkheim (1895, p. 89) de que é importante “definir o estado normal, [...]se a normalidade não acontecer nas coisas mesmas, se, ao contrário, ela for um caráter que imprimimos desde fora nestas ou que lhes recusamos por razões quaisquer, acaba-se essa salutar dependência", é necessário perguntar-se: O ato de praticar preconceitos, por meio de discriminação e exclusão de um grupo, etnia, cultura, se encaixa nos padrões de normalidade da sociedade brasileira? Se for feita uma busca nos intermédios da história ao longo dos anos, serão encontrados vários pontos importantes, desde sua colonização até os dias atuais, nas quais os indígenas são uma parte fortemente afetada por tal ato. Pontos que representam não só o caráter de uma sociedade, mas de que maneira se construiu sua essência, salientando assim o teor existente na ideia da existência do preconceito, do modo que é tratado em relação aos povos indígenas, como algo normal.
 Em 1500, quando as caravelas da esquadra portuguesa repleta de homens
chegaram ao Brasil, no litoral sul da Bahia, encontraram os nativos indígenas. Estes, divididos em tribos que viviam basicamente de caça, pesca e agricultura, com suas culturas e normas distintas, encontraram-se diante de pessoas desconhecidas vindas de outra parte do mundo, e, uma vez que tais pessoas demonstrassem comportamentos hostis, o indígena, como boa parte dos seres humanos, reagiria em defesa de quaisquer que fossem os atos que estivessem ameaçando sua sobrevivência. Entretanto, o lado conservador e cultural dessas tribos não foi levado em consideração, e o indígena, por anos, foi visto como um ser indefeso e incapaz de saber o que era melhor para si. Deste modo, a visão que foi transmitida para as demais populações que mais tarde irão habitar o Brasil, foi construída através de um grande eufemismo, o qual cada indígena aceitou a dominação imponente junto à transmissão irregular de cultura, sem que houvesse o uso de violência e armas de fogo por parte dos portugueses. O que tornaria o lado dos portugueses o mais forte, pois os nativos tinham apenas suas lanças e armas
construídas para sua subsistência, não tinham contato com os avanços da ciência.
 Este fato tornou-se um gatilho para os demais pontos da história, como o
desenvolvimento do trabalho indígena na sociedade brasileira, uma vez que o homem é tendencioso ao conhecido, às suas próprias sombras dentro de uma caverna, por seus ideais históricos estarem tão impregnados em seu caráter que ideais contrários são discordados, como afirmou o filosofo Platão (380 e 370 a.C) em sua Alegoria da Caverna. As políticas públicas trabalhistas não são isentas de tal tendência, implicando em pautas capitalistas e desarticuladas às necessidades indígenas. 
 A sociedade capitalista impôs condições de trabalho distintas às práticas indígenas, tanto em relação ao tempo quanto aos métodos utilizados, os quais distanciam-se da noção de subsistência e estrutura caracterizada pela autonomia, o que se torna difícil, desencorajador e, até mesmo, árduo subjugar-se à natureza unificadora do Estado. Isso é evidente na relação da classe trabalhadora e o Estado, visto que a situação atual política e econômica acometeu profundamente o povo indígena, consoante ao estudo do FGV Social (Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas), principalmente aqueles que retiram sua renda de trabalhos informais, como a pesca e o artesanato, distantes da inserção terceirizada.
O trabalho em colheitas que ocorria em outros estados também era um grande meio de subsistência, mas a locomoção tornou-se difícil. Os professores que são terceirizados também foram afetados, na ausência do trabalho e também do salário. O auxílio emergencial disponibilizado pelo governo forneceu ajuda, porém não foi suficiente para atender à todas as
necessidades das populações.
Os povos indígenas passam por muitas dificuldades no setor da saúde, eles são
extremamente negligenciados. Segundo o site Povos Indígenas no Brasil (2018),
os indígenas são sensíveis a doenças que são trazidas por povos não-indígenas, eles normalmente moram em lugares de difícil acesso e comunicação onde podem contrair malária, tuberculose, infecções
respiratórias, hepatite, doenças sexualmente transmissíveis, entre outras. 
Desde 1967, quando foi criado a Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas passaram a receber mais atenção do governo brasileiro, porém eles ainda continuam não recebendo a mesma atenção que os não-indígenas. Por um tempo a saúde foi controlada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa),
mas foi descoberto muita corrupção e desvio do dinheiro que devia ter sido usado com a saúde indígena fazendo com que os mesmos fizessem um movimento para que a gestão de saúde fosse para uma secretaria especifica.
A partir de 2005 foi revelado abandono e descaso com a população indígena ao ponto de doenças já controladas voltarem a se manifestar em várias pessoas causando uma epidemia, além de também ter sido revelado haver uma grande quantidade de crianças desnutridas
(ISA,2006 Apud. POVOS INDIGENAS NO BRASIL,2018-a).
Entre os mais de 235 povos indígenas com direito ao serviço de saúde, alguns casos
se tornaram emblemáticos e marcaram regularmente o noticiário: as mortes por
desnutrição das crianças Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul, a volta da epidemia de malária entre os Yanomami de Roraima e Amazonas, o alto índice de vítimas fatais causados por acidentes ofídicos no Alto Rio Negro, o falecimento de dezenas de crianças Apinajé no Tocantins e Marubo do Vale do Javari, no Amazonas. Nem o Parque Indígena do Xingu, espécie de cartão-postal da política indigenista oficial e que conta há 40 anos com a presença de médicos da Universidade Federal de São
Paulo, se vê livre de sérios problemas: atualmente uma epidemia de doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs) avança sobre a população xinguana, causando,
como mais grave consequência, a morte de mulheres por câncer de colo de útero.
(ISA,2006 Apud. POVOS INDIGENAS NO BRASIL,2018- a)
É nítido que os indígenas são deixados de fora de várias políticas que os não-indígenas tem acesso, por isso foi criado a Politicagem Indígenista que tem como agentes as ONGs e os próprios indígenas. O objetivo da Politicagem Indígenista é a “mobilização política dos índios em prol de seus direitos; assistência à saúde e educação; evangelização e tradução
da bíblia para línguas indígenas, etc” (POVOS INDIGENAS NO BRASIL,2018-b ). Isso porque os indígenas possuem direitos na constituição, no entanto na prática não existe uma proteção e eles juntos com outras pessoas que os apoiem tem que lutar para que esses direitos sejam cumpridos (POVOS INDIGENAS NO BRASIL,2018-c).
Um dos direitos garantidos na Constituição é o Saneamento Básico, que é um conjunto de infraestruturas que compreendem ao abastecimento de água, limpeza urbana, drenagem dos rios, entre outros que a lei institui como serviços públicos. O acesso ao Saneamento Básico não é uma realidade para todos, e os indígenas estão inclusos nesse cenário.
Ainda que o saneamento básico seja um direito positivo, a população indígena sofre, sendo os mais negligenciados. De acordo com uma pesquisa do Censo Demográfico, 36,1% dos domicílios onde um índio é o responsável não apresentam banheiros, já em habitações onde os
moradores não são indígenas esse número é de 6,6%. Por conseguinte, a falta deste recurso vai acarretar consequências, tais como, cólera, diarreia, infecções intestinais e outras mais. E com a pandemia do Sars-CoV-2, essa situação pode ser mais agravada, afinal para a prevenção de contaminação é necessário manter hábitos de higiene a todo momento.
Além de lidarem com o fato de não terem assistência devida do governo, por muitas
vezes os indígenas acabam por sofrer consequências externas, determinadas pelas ações de pessoas que transitam naquele meio e deixam suas marcas no meio ambiente. Por exemplo, em uma matéria online, a liderança da Aldeia Vy’a Renda, denunciou a falta de água potável na região que já está provocando efeitos em muitos aspectos, principalmente para as crianças que consumiram a água do lago e sentiram-se mal, ou até mesmo quando os Guarani bebem o líquido, não tratado e contaminado pelos usos de agrotóxicos do agronegócio. Logo, os
Municípios através do poder conferido pela Constituição de 1988 no art. 192, que trata sobre o órgão competente para lidar com política de desenvolvimento urbano, deve executar ações de serviço para estabelecimento do saneamento básico aos cidadãos por ele se encaixar como
política urbana.
Quando falamos dos povos indígenas somos levados à uma grande dificuldade na escrita e na pesquisa, ao levarmos para o contexto jurídico vemos vários livros ou documentários que falam sobre os direitos e garantias dos indígenas, mas pouco se vê sobre os dados estatísticos, pesquisas aprofundadas, ou qualquer certeza de que esses direitos estão sendo devidamente
aplicados. Sendo assim, entendemos que os indígenas são vistos como povos culturalmente diferenciados e minoritários, que estão inseridos na população marginalizada que necessitam
de mecanismos para que tenham a garantia dos seus direitos constitucionais. Tendo em mente isto, vemos uma série de temas, leis e órgãos, que atuam (ou que deveriam atuar) nesse contexto.
Entre eles vemos: Constituição Federal -; Estatuto do Índio; - Relatórios da ONU; - Fundação Nacional do Índio; - Ministério Público Federal; - Defensoria Pública da União, entre outros.
Ou seja, os direitos existem e estão totalmente assegurados pelas normatizações em indígenas,
mas sua efetividade é o que preocupa, uma vez que dependem do poder público para a sua real realização.
Observando o cenário atual, é certo dizer que muitas esferas da sociedade foram
abaladas com o início, bem como, o aumento dos casos relacionados a pandemia de COVID-19. Como é o caso da educação brasileira, principalmente no que tange o acesso à educação indígena. É de conhecimento geral que, desde o princípio da colonização do Brasil, os indígenas sofreram diversas tentativas de apagamento cultural, a exemplo da implementação da catequese. Sendo assim, é certo dizer que a educação indígena sempre enfrentou um alarmante
descaso por parte do estado brasileiro, e atualmente a situação não é divergente.
A realidade nas escolas indígenas, como supracitado, é preocupante. Conforme dados do Censo Escolar de 2017, 59% das escolas não apresentam tratamento de água, 57% não possuem esgoto sanitário, 32% não detém energia elétrica, quase 30% não atuam em ambientes escolares e, aproximadamente 46% não dispõe de material didático destinado a educação
indígena. Além disso, muitas escolas respondem com ausência de vagas, como também, de professores.
Ainda convém lembrar que, a realidade desses estudantes antes da pandemia já não era fácil, a exemplo das dificuldades que muitos alunos possuem em relação a distância para chegar à escola e, ainda conservam em algumas comunidades, turmas multisseriadas. Com a pandemia,
as dificuldades se intensificaram. O ensino remoto é um desses obstáculos que, em razão da maioria dos indígenas não possuírem fácil acesso a internet, consequentemente, eles estão ficando impossibilitados de estudar. Devido a esse obstáculo, alguns professores fizeram o
“impossível” para levar as atividades impressas para essas regiões, como o caso apresentado no G1, “do professor que percorreu 30 km e atravessou igarapé com água no pescoço para imprimir
atividades de alunos indígenas em Roraima”.
Segundo Luis Grupioni (1996-2000) os indígenas possuem acesso a educação, porém é uma educação muito precária. Parece que ainda existem muitos obstáculos para esse povo que foi praticamente esquecido por boa parte da população. Nos dias de hoje, o governo insere a educação para eles, mas não parece ser com o objetivo de melhorar a situação desses povos e sim apagar alguns problemas que ali existem, já que os próprios índios são capacitados para
ensinar e assim gerar emprego para eles, pois conseguir emprego na sociedade brasileira também é um obstáculo por inúmeros motivos. Segundo Kohalue Karajá (2017) o homem branco tem uma imagem muito distorcida do índio e por esse fato se acha superior, fazendo com que o índio sofra discriminação. Esses problemas que o índio sofre constantemente geram inúmeras frustrações, eles terminam desacreditando de si e desistindo das coisas é o que aponta
Domilto Inaruri Karajá (2017).
 É possível perceber que a difícil realidade do indígena é vivida mais intensamente no Brasil que em qualquer outro país, pois os direitos fundamentais da vida não
são adequadamente atendidos. Além do caráter de desprezo construído há muito tempo, o preconceito e a negligência tomam parte frente à moral de cada indivíduo ao deparar-se com o que, ainda hoje, é desconhecido para muitos, o indígena e tudo o que ele representa, o que é um erro inaceitável, pois os indígenas estão entranhados na história desse país tão vasto e diversificado, a qual faz parte de todo e qualquer brasileiro.

Conclusão
 Dessa forma, a palavra “globalização” e o que ela representa é sabotada, pois a
inclusão e conhecimento das diferentes culturas não podem ser apenas algo que veio do exterior para o interior de uma sociedade, mas em seu próprio interior, em suas próprias culturas distintas, deve haver sociabilidade. Ainda há muitos obstáculos, e a diversidade é o mais
importante deles. Onde não aplica-se respeito e ética em seu próprio meio, como o brasileiro atual irá aplicar em relação à outra população ou outro continente? O indígena conquistou seu
espaço no território, e ainda luta para conquistar seu espaço na sociedade que, imposta e construída ao redor dele, permanece com muitos de seus hábitos antigos e preconceituosos.
Então é necessário a intervenção do governo para a criação de políticas públicas de inclusão social, econômica e política, afim de proteger e assegurar uma boa qualidade de vida para a população indígena, a qual não haja uma divisão, pois todos são legítimos brasileiros e merecem direitos iguais.
Portanto, precisamos ressaltar a importância das políticas públicas, isto é, diretrizes voltadas para o enfrentamento de algum problema público. Tais políticas se dá por meio de instrumentos, como por exemplo, através das leis. Infelizmente, não basta somente criarmos as leis, é necessário a colocarmos em prática e segui-las à risca. Essas políticas detêm como função na educação indígena, conservar sua identidade e cultura, além de garantir o direito da diferença
étnico-cultural dessas comunidades. Felizmente, possuímos algumas leis que resguardam tais direitos, como a lei 9.394 de 1996, que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) presente na Constituição federal.


Você também pode acessar o arquivo aqui -> Arquivo de Políticas Públicas e Povos Indígenas

>Referências:
CARVALHO, Priscila. Moradia ocupa posição de destaque entre problemas enfrentados por índios. Brasil
Reporter, 2007. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2007/04/moradia-ocupa-posicao-de-destaque-entre￾problemas-enfrentados-por-indios/ Acesso em: 10 de mai de 2021
DAMA, Juliana. Professor percorre 30 km e atravessa igarapé com água no pescoço para imprimir
atividades de alunos indígenas em RR. G1 RR, 06 de setembro de 2020. Disponível em:
https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2020/08/06/professor-percorre-30-km-e-atravessa-igarape-com-agua-no￾pescoco-para-imprimir-atividades-de-alunos-indigenas-em-rr.ghtml
DURKHEIM, E. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Martin Claret, 2007.
Filhos Desta Terra (2020). Falta de saneamento básico reflete na saúde da Aldeia Indígena. Disponível em:
<https://www.clickguarulhos.com.br/2020/02/02/falta-de-saneamento-basico-reflete-na-saude-da-aldeia￾indigena-filhos-desta-terra/> Acesso em: 10 de maio de 2021.
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Portal Tocantins, 2017. Disponível em: https://portal.to.gov.br/noticia/2017/8/9/educacao-e-o-principal￾caminho-para-a-insercao-do-indigena-no-mercado-de-trabalho/ Acesso em: 10 de mai de 2021
GOUSSINSKY, E. Brasil é líder disparado no genocídio de índios na América Latina. Portal de Notícias R7,
2018. Disponível em: https://noticias.r7.com/prisma/nosso-mundo/brasil-e-lider-disparado-no-genocidio￾de-indios-na-america-latina-24042018
GRUPIONI, Luis . A educação escolar indígena no Brasil. Povos Indigenas no Brasil. (2018)- d. Disponível
em: https://pib.socioambiental.org/pt/A_educa%C3%A7%C3%A3o_escolar_ind%C3%ADgena_no_Brasil
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NERI, M. Pandemia provocou queda na renda e aumento da desigualdade trabalhista. Portal de Notícias
FGV Social, 2020. Disponível em: https://portal.fgv.br/noticias/pandemia-provocou-queda-renda-e-aumento￾desigualdade-trabalhista
O NACIONAL (2019). Comunidade indígena reivindica direito ao transporte. Disponível em:
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PASSOS, Matheus. Escolas indígenas, quilombolas e do campo permanecem carentes de políticas públicas
especificas. ESHoje, 28 de abril de 2021. Disponível em: https://eshoje.com.br/escolas-indigenas-quilombolas-e￾do-campo-permanecem-carentes-de-politicas-publicas-especificas/
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SPEZIA, Adi. Sem água potável e com interrupção na entrega das cestas básicas, os Avá Guarani no oeste
do Paraná lutam para sobreviver em meio à pandemia e disputas pelo território. CIMI – Conselho Indigenista
Missionário, 2020. Disponível em: <https://cimi.org.br/2020/10/sem-agua-potavel-e-com-interrupcao-na-entrega￾das-cestas-basicas-os-ava-guarani-no-oeste-do-parana-lutam-para-sobreviver-em-meio-a-pandemia-e-disputas￾pelo-territorio/> Acesso em: 10 de mai de 2021.

01 dezembro 2022

Estudo de Caso (Como Funciona?)


    Existem inúmeros métodos para se realizar uma pesquisa cientifica e bem fundamentada, um desses métodos é o Estudo de caso, este é um método de pesquisa sobre um tema especifico que nos permite ter mais aprofundamento nos conhecimentos que poderão ser obtidos, com isso pode ocorrer financiamentos para se ter mais informações sobre tal tema, além de ser um método de investigação empírica que compreende um método abrangente, com coleta e análise de dados. Normalmente os estudos de caso são inspirados em um trabalhos que já foram relatados e isso possibilita que a pessoa possa evitar os mesmos erros que o pesquisador anterior cometeu, mas isso não significa que não haverá erros e por esse fato é útil mostrar as falhas que ocorreram na pesquisa (FIA, 2020). 
O estudo de caso é uma estratégia de pesquisa científica que analisa um fenômeno atual em seu contexto real e as variáveis que o influenciam. Trata-se de um estudo intensivo e sistemático sobre uma instituição, comunidade ou indivíduo que permite examinar fenômenos complexos. (...) São mais usados em estratégias de pesquisa da área de saúde e ciências humanas. (MENEZES,2021)
    Existem três tipos de estudos de caso, e o tipo que o pesquisador vai usar vai depender do objetivo de sua pesquisa. Os Estudos de Caso podem ser: Exploratório, descritivo e analítico.
Exploratório: São as que mostram ou adicionam informações importantes, normalmente é usado em campos que ainda não há muitas pesquisas, porém com fundamentos, tornando assim a pesquisa mais profundada, que só será desenvolvida corretamente quando o pesquisador tiver domínio sobre o conteúdo (FIA, 2020).

Descritivo: Esse é o estudo mais popular para apresentação de cases, o objetivo é descrever soluções para um determinado problema (FIA, 2020).

Analítico: Esse tem o objetivo de propor um melhor entendimento sobre um devido estudo, normalmente este tipo de caso utiliza mais de um objeto de estudo para que assim consiga fundamentar a sua tese (FIA, 2020).

Normalmente os estudos de caso usam como estratégias as questões do tipo "como?" "Por que?", isso ocorre quando o pesquisador não tem controle sobre os acontecimentos e quando os fenômenos contemporâneos se encontram em algum contexto da vida real. 
Usar o método de Estudo de Caso para pesquisas é muito desafiador.

Em estratégias de pesquisa, usamos estudos de casos em inúmeras situações para contribuir no conhecimento individual,social,organizacional,político, de grupo e etc. 

O Estudo de Caso é um método muito utilizado na psicologia, administração,sociologia, ciência política, economia,trabalho social e planejamento social. Em todos esses casos o método é usado com o objetivo de se entender situações complexas.

Para fins de ensino, um estudo de caso não precisa ter uma intepretação completa e acurada de eventos reais, em vez disso, seu propósito será criar uma estrutura de pensamento nos estudantes. Os critérios para desenvolver um bom ensino de Estudo de Caso é bem diferente dos critérios para realizar uma pesquisa científica. Os estudos de caso para ensino não precisam focar em dados empiricos, já a pesquisa científica tem que focar nesses dados.

● Comparando métodos de pesquisa 

Quando um pesquisador pensa em usar o Estudo de Caso? Não seria mais fácil usar outro método? Não seria mais útil um estudo com experimentos ou estudo histórico? 

Essas e outras escolhas mostram estratégias de pesquisa diferente, que possuem suas vantagens e desvantagens. Para obter o máximo em um estudo de caso é necessário que você aprenda a diferença dos outros métodos. 
Uma intepretação equivocada é que as diversas formas de pesquisa devem ser dispostas hierarquicamente. Muitos cientistas veem o estudo de caso são apropriados apenas da fase exploratória de uma pesquisa, que o levantamento de dados e pesquisas historicas são apropriadas a fase descritiva e que oos experimentos são a unica forma de fazer uma pesquisa explanatorias ou casuais. Esse pensamento hierárquico só reforça a ideia que os Estudos de Caso são uma ferramenta exploratória preliminar e que não pode ser utilizado para testar preposições ou descrever. E os melhores e mais famosos Estudo de Caso foram os explanatorios e descritivos.

Tipos de questões de pesquisa

A 1° condição trata das questões da pesquisa . Um esquema básico que pode ser utilizado é a categorização para os tipos de questão que podem ser representadas pela série "quem" "o que" "onde" "como" e "por que ".

Se a questão foca no tipo "o que", vão surgir duas possibilidades. Primeiro que questões com "o que" normalmente são exploratórias, o segundo tipo de questão "o que" é uma forma de investigação que está na linha de "quanto" ou "quantos".

Exemplo de Estudo de Caso:
    Para uma melhor compreensão aqui teremos um exemplo fictício do que poderia ser um estudo de caso.

Pobreza menstrual afeta os estudos?
Vamos supor que durante os problemas econômicos do país muitas garotas passaram a faltar as aulas e isso foi notável em inúmeros colégios públicos. Se criaram inúmeras hipóteses, mas nenhuma poderia ser comprovada sem um estudo.
Vários pesquisadores tomaram conhecimento sobre tal situação e fazem um estudo em inúmeros colégios, até em colégios particulares para se ver se há alguma diferença. Para se descobrir o motivo é feito uma entrevista com pais, professores e alunos, além disso os pesquisadores vão buscar outros estudos semelhantes para entender a situação.
    Com base nas pesquisas foi possível perceber que muitos pais ficaram em extrema pobreza e assim os que possuíam filhas em idade púbere faltavam as aulas no período de menstruação por não possuir absorventes e sentir muita vergonha.











Referência:
Estudos de Caso: O que são, Exemplos e Como Fazer para TCC. FIA - Fundação Instituto de Administração, São Paulo, 28 de set de 2020. Disponível em:<https://fia.com.br/blog/estudos-de-caso/>. Acesso em: 25 de out de 2021
MENEZES, Pedro. O que é um Estudo de Caso? Significados, Rio de Janeiro, 07 de jul de 2021. . Disponível em:< https://www.significados.com.br/estudo-de-caso/>. Acesso em: 25 de out de 2021




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