O
Psicólogo Social encontra várias problemáticas no seu trabalho, mas como ele
pode trabalhar de uma forma ética? Sempre falamos que um profissional deve ser
ético, porém o que o torna ético? De onde ele se baseia eticamente para sua
função? Cada profissional já possui em si suas convicções éticas, no entanto
ele tem que seguir o Manual de Ética da sua profissão. A Psicologia Social é “o
modo como um determinado conjunto de práticas sociais produz uma certa forma de
relação consigo e com o mundo, ou, dito de outra maneira, a forma pela qual um
determinado modo de subjetivação produz certos territórios existenciais”
(ROSANE SILVA,2008), contudo com a globalização foi possível notar mais
dificuldades para esse setor profissional,
“Um
dos principais desafios seja a necessidade de se estar constantemente
reinventando novos modos de produção de conhecimento em função da própria
complexidade das questões às quais nos vemos confrontados. (...)Neste sentido,
entendemos que a psicologia social contemporânea tem uma função eminentemente
política que passa por realizar uma ontologia do presente e colocar em questão
o que somos e qual é este mundo, este período no qual vivemos” (ROSANE SILVA,
2008)
De
acordo com Andrea Zanella (2008), o psicólogo social deve ter em sua base ética
olhares múltiplos no acolhimento para recobrir facetas, ângulos e prismas
diferenciados, apesar disso, nem tudo é perfeito, afinal o reconhecimento da
diversidade e o acolhimento à diferença, caso não se paute em uma reflexão
sobre o que se acolhe, com que objetivo, assentado em qual projeto social e
político, pode levar ao extremo de se calar diante da violência, da barbárie,
do imponderável. Por isso, se deve ter compromisso independente do objetivo, do
método usado e do objeto, o psicólogo social deve está comprometido com a
“ética da vida justa”, afinal algumas vezes as pessoas podem fazer algo para o
seu benefício e o psicólogo deve fugir disso.
O
psicólogo social trabalha com diversas pessoas, por isso ele deve saber lidar
sem possuir preconceitos, segundo Neuza Grareschi (2008) “isso nos faz ficarmos
atentos ao multiculturalismo, pois este deve ser sempre criticado ou
questionado para que não se restrinja somente a perspectiva cultural, mas que
esteja aberto para perceber outras questões sobre políticas de identidade e de
pensamentos. Assim, evitará de se tornar mais um discurso hegemônico ou
limitado quando se tratar de discutir sobre as diferenças em suas pluralidades
de articulações, ou seja, o multiculturalismo conservador abusa da diversidade
para encobrir uma ideologia de assimilação.”
Referencia:
PLONER, KS., et al., org.
Ética e paradigmas na psicologia social [online], pág 39 - 63. Rio de Janeiro:
Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. 313 p. ISBN: 978-85-99662-85-4.
Available from SciELO Books .
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